Ao chegarmos em Limeira/SP, somos muito bem recebidos, muito
mesmo: era uma menina da roça com encantos nos olhos, uma família acolhedora,
pai, mãe, irmãos, todos generosos, uma cachorra pra lá de linda, redes pra
descansar e uma comida de virar os olhos. Foi assim, maravilhados, que nos
sentimos ao sermos recebidos pela Mariana e sua família, e que mais tarde só se
confirmou com a recepção da Fran, outra querida. Era uma sexta-feira (22/07) e,
depois desta recepção aconchegante, fomos direto à Casa da Esquina, espaço cultural
que tem o intuito de promover a arte, a educação e a saúde; uma iniciativa de
pessoas que acreditam na cultura e na difusão da arte.
Encantados com a iniciativa, era hora de se encantar com a
casa, que espaço mais gostoso, ainda não pronto, mas dava pra ver o enorme
potencial que mora alí. Nosso espetáculo “Cadê o Pássaro que Estava Aqui?” foi
realizado ao ar livre, em uma noite fresca, no quintal da casa debaixo de uma
jabuticabeira. O público foi chegando de mansinho e quando vimos, pronto, estava
cheio, plateia cheia de gente ávida por algo que nem nós sabemos o que é, mas
que aconteceu por alí entre um riso e outro.
Apresentamos, a resposta do público não poderia ser mais
positiva, o Palhaço Cuchão havia contado sua história mais uma vez, havia jantado
com outros mais uma vez, havia falado ao microfone, havia pisado na brita,
dançado com morcegos, se melado em jabuticabas caídas do pé, havia sido alguém
por um tempo. Lá, passamos o chapéu, o que nos ajudaria à prosseguir viagem e à
reformar a Casa da Esquina. Ao final, ainda curtimos o som e a energia do Baque
do Zé Limeira.
No outro dia era o momento de partilhar mais ainda com o
pessoal de Limeira. Ministramos nossa oficina “Descobrindo o Nariz Vermelho”,
uma iniciação rápida à palhaçaria, algo breve, mas rico, cheio de sentimento e
diversão. Se juntaram à nós palhaços e pretendentes à palhaçaria, e pudemos
brincar no mesmo quintal das jabuticabas, pudemos conversar, trocar, sorrir,
apanhar, ver outros palhaços nascendo e perder, pois perder é o caminho. Fim da
oficina e nossa estada em Limeira não havia acabado.
No dia seguinte, domingo, a despedida, mais um almoço
delicioso, muitos abraços de agradecimento, carinhos na cachorra, mais abraços,
mais agradecimentos e com uma grande ré no carro, dissemos “até breve”, com a
vontade de “quero mais”.
Até breve Limeira!
Até Breve Casa da Esquina!
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